Cinema Especial

Cinemáticas de volta e trazendo novidades pra galera!

Confira no "Cinema Especial" um artigo do jornalista Francisco Machado Filho sobre o filme "Avatar" de James Cameron. Não percam!

Saí do cinema procurando palavras para descrever a experiência de assistir ao filme Avatar, de James Cameron. Passado algumas horas, a emoção foi se equilibrando e penso que agora posso escrever algumas palavras livres do espetáculo visual que nos absorve e nos hipinotiza. Pois, Avatar não é um filme é um espetáculo daqueles que fazem a platéia dizer, Oh,,, Ah,,,

Visualmente falando, Avatar é perfeito. Você nunca viu nada igual no cinema e em nenhuma outra mídia, a não ser que você seja um ET. A história do cinema está repleta de filmes que marcaram uma época e os momentos passaram a ser definidos em antes e depois desses filmes. Guerras nas Estrelas (1977), Parque dos Dinossauros (1993) e Senhor dos Anéis (2001), foram filmes que estabeleceram novos padrões e impulsionaram o desenvolvimento tecnológico na indústria cinematográfica. Avatar (2009) entra nesta seleta lista e certamente irá transformar a próxima geração de filmes que irá se aproveitar das inovações tecnológicas criadas para tornar o sonho de Cameron em realidade.

Foram dez anos de muita pesquisa e dinheiro envolvido na criação de softwares capazes de dar vida a personagens digitais e o mundo ao seu redor. Um mundo totalmente criado por computador. Nada do que se vê em Pandora é real. É impressionante, maravilhoso, hipnotizador.

Agora, deixemos de lado essas qualidades técnicas e nos atentemos as qualidades fílmicas de Avatar. Bem, ai o filme deixa um pouco a desejar, principalmente no roteiro. É uma mistura de Dança com Lobos com O Último Samurai, repleto de clichês e discursos prontos. Aquela velha tentativa de Holywood de expugar os pecados cometidos contra os índios no passado.

Em Avatar, uma companhia mineradora quer fazer escavações em um planeta chamado Pandora. Para isso, tem que expulsar de suas terras um povo chamado Na’vi. Seres que possuem uma ligação direta (literalmente) com a natureza. Um soldado é enviado para se infiltrar e aprender tudo sobre os Na’vi fornecendo informações para que os soldados possam explodir tudo. Entretanto, ele se apaixona por uma nativa e se torna um novo membro do clã. Claro que depois de passar um tempo aprendendo toda filosofia de vida da tribo. Já viu algum filme assim antes? Pois é, tanto desenvolvimento tecnológico merecia um roteiro melhor.

Mas, não deixe que o roteiro fraco lhe impeça de ir ao cinema. A experiência visual de Avatar supera qualquer falha. É um filme para se ver mais de uma vez, pois não damos conta de perceber todos os detalhes em uma única sessão. É um filme necessário, pois impulsiona o cinema. Muitos filmes serão feitos a partir da tecnologia criada para o filme. Podemos entendê-lo como um filme piloto se preferir.

Mas uma dica: não veja o filme em um DVD pirata. Vá ao cinema, caso contrário não terá o mesmo impacto e Avatar será apenas mais um filme de animação. E se puder, assista no sistema 3D. Bom espetáculo.

Por Francisco Machado Filho